Equilibrium in Nature


Será que é bom saber que temos consciência do tempo? Às vezes penso, isso não passa de mais uma barbaridade para tentarmos controlar tudo. Sim é o que nós tentamos fazer: Controlar tudo o que nos rodeia. Por mais que pense que exista boa gente neste mundo, cheia de bondade, a evolução do nosso cérebro é que domina. Cada vez é mais difícil, algo paira na nossa Sociedade e nós não estamos a ver, algo que nos é transcendente, algo que irá mudar, estamos em estagnação cheios de medo, esse medo que existe dá-me vontade de o sentir, não como medo, mas como algo que faz parte da vida, o medo pertence-nos como pertence o amor, não podemos exigir de mais, estamos numa sociedade em que os valores morais já eram, e os valores capitais mandam, governam de uma forma tão poderosa que eu gostava de ver se essas coisas verdes perdessem valor... Tudo mudava. Podíamos viver apenas com a confiança e amor pela vocação, até mesmo os que não fazem nada tem algo que podem fazer. Todos os movimentos são algo de bom para a natureza, logo que neles não entre a inteligência capital e irracional do homem unívoco. Contudo, se formos a pensar antigamente os egípcios fizeram grandes obras e tinham de ter ganância pelo meio, força, tinham de manipular, tanto sofrimento que houve nessa altura, agora sofremos na mesma de uma forma pior, porque é de uma forma sem coragem de uma forma que nos deixamos ficar, já não há coragem para dizer na cara o que se sente, agora vivemos num mundo dentro de nós. Tanto que tentamos transparecer coisas boas que deixamos o mal ficar todo dentro de nós, ficando cada vez mais pesado suportar. Os aztecas eram um exemplo da raça humana, algo que acabou, pois o Homem é invejoso e mostrou-o com clareza, mas mostrou-o da forma mais pura, a partir da coragem, isso já se perdeu, agora é tudo feito sem ninguém saber, tipo cordeirinhos, e negócios (acções), e chegamos ao fim de tudo e não manda-mos em nada, humilhamos a nós mesmo, e quem manda nisto é algo feito por nós, algo que nem vida tem...

Agora começa tudo a fazer sentido, nós somos governados sempre por algo que não tem vida. Como é possível. O que é vida? É o bater de um coração? Ou é algo que está em contacto com algo? Algo que é pensado? Algo que nos modifica? Ás vezes penso que nós nem vida temos. Já estamos mortos, pois o bater do coração já nem é sentido, pois o contacto com o outro já não modifica, já não é pensado. A diferença de vida e morte não está no bater do coração está em conseguires pensar que ele está a bater mesmo que não esteja. Sabes, a natureza precisa de ti como o universo precisa dela, somos todos, parte de um, e desse um, pensamos que não somos parte.
Sabemos, como a natureza sabe e o universo sabe que o Homem tem capacidade de os encontrar, a natureza está a desaparecer, pois o Homem já a conseguiu compreender por isso perdeu seu valor, agora falta o universo e depois de o perceber também vai perder o seu valor, como já citei: " é como um jogo de estratégia quando se ganha, perde-se a vontade de continuar". É aí que perdemos a noção do tempo, apenas temos noção do tempo quando a compreendemos e ficamos ao lado e não a deixamos de lado, como algo que foi ultrapassado. Mas para o Homem isso é sentido de estagnação, sem evolução, pois nós só queremos evoluir, como a natureza o faz e o universo, mas também percebemos que conseguimos evoluir muito mais rápido que a natureza e que o universo, daí querer-mos ser superiores a eles, porque sabemos dentro de nós que o podemos.

In "Diário de Reflexão" by Man's Destiny, Нелсон (2011)

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4 Responses so far.

  1. su says:

    Ta mt bonito rapaz =)so nao sou da tua opiniao ao dizeres que o homem ja compreendeu a natureza e por isso ela perdeu valor, e que o mesmo vai acontecer com o resto. Compreender as coisas, a natureza, não lhes tira o valor..bem pelo o contrario. Ela só não tem valor porque nos não compreendemos o seu conceito. E por não ser capaz de a compreender é que o homem a tenta dominar e ser superior, só que não consegue, no entanto ilude-se, e acha que destruir, é domina-la. Por isso não só nao a compreende, como também não a domina, e isso só prova que nos é que somos os submissos!

  2. Eu ao dizer compreender digo eu nome do que acho que é a actualidade, ou seja, as prioridades, não há nada aqui que impede o limite do homem, andar pelo universo apresenta muitas limitações ao homem é esse compreender que me refiro. Apesar de sermos dominados por ela, há quem pense que é superior, acredita... Eu sou dos que está ao lado da natureza... como podes ver... por isso sou completamente dominado por ela.

  3. Anônimo says:

    Estou totalmente de acordo ctg! O papel verde é o estraga momentos. :P
    Poderíamos ser uma humanidade unida se não houvesse tanto capitalismo, tanta desigualdade. se os recursos da terra fossem pertences de todos.
    Há pouco tempo vi dois filmes que me deram a volta à cabeça: into the wild e o documentário: http://www.zeitgeistmovingforward.com/.
    são dois filmes fascinantes, consegues questionar-te sobre muitas coisas. E apercebeste que vivemos num mundo que apesar de ser de todos, só pertence a alguns... é engraçado ver como um sem abrigo deixaria de o ser, se tivesse no meio da natureza. o seu contexto torna-o humilhante, desvalorizado. Como todas aquelas pessoas que morrem à fome, deixariam de morrer se não houvesse dinheiro... a culpa é de todos nós. todos nós pactuamos com todo este sistema capitalista. apesar de nos sentirmos revoltados, não agimos. pois só poderíamos agir se fossemos muitos. Enquanto que a educação e a saúde não fizerem parte das prioridades de um país, nada muda...

  4. obrigado pequi. =) Sim é sem dúvida um grande filme... o doc tenho de ver... fiquei curioso. =)
    Concordo contigo!

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